Ir à Salvador e não visitar o Pelourinho é pecado mortal, na minha opinião.
Mesmo já tendo passado por lá outras vezes, o Pelourinho sempre oferece um pouco mais de história para aqueles que não têm preguiça de caminhar e de se aventurar por ladeiras menos "turísticas".
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A história do Pelourinho se confunde com a história de Salvador e é mais ou menos assim {em resumo}: Tomé de Souza veio para o Brasil em 1549 com ordens expressas do rei de Portugal para fundar uma "cidade fortaleza". Chegando aqui, Tomé de Souza escolheu a parte mais a alta, em frente ao porto, com excelente localização geográfica, que dificultava toda ameaça vinda do mar, para fundar a tal cidade, batizada de Salvador, mas hoje o Pelourinho. Então podemos dizer que Salvador começou no Pelourinho. Logo Tomé de Souza começou a erguer ali casarões com o estilo barroco português com o uso da mão de obra escrava e indígena.
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Pelourinho era o local usado pelos senhores para castigar os escravos nos engenhos, afastados da cidade. Mas para demonstrar a sua "força" e "autoridade" os senhores resolveram construir um pelourinho no centro da cidade, instalando-o no Largo Central, em frente de onde hoje se encontra a Casa de Jorge Amado (largo atrás de nós na foto acima). Logo, o pelourinho virou referência e toda região começou a ser chamada assim até os dias de hoje.
Se você quer saber de mais dados históricos pode encontrá-los
aqui.
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Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
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{Adoro fotografar portas e janelas dos casarões. Olha a porta dos Correios.}
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{Detalhe das arandelas e do calçamento}
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Para almoçar no Pelourinho
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Deixo aqui duas sugestões para você que vai almoçar no Pelourinho:
A primeira, e mais econômica, é o Restaurante Senac, que fica no Largo Central
Apesar de não ter comido lá por ter perdido o horário, recebi muitas indicações de amigos e li a boa avaliação que transcrevo abaixo na Revista Veja de Salvador:
"No Pelourinho, são dois restaurantes. Um serve bufê de comida baiana, com pratos como rabada, vatapá, caruru, peixe frito no azeite e moquecas de lula, polvo e siri catado (R$ 32,00 por pessoa). No outro salão, o bufê é por quilo (R$ 22,00) e traz quatro pratos quentes à base de carne, peixe, frango e uma massa, além de quatro guarnições e dez tipos de saladas. Sobremesas, como ambrosia, cocada e doce de mamão saem por R$ 3,00 cada uma. A unidade da Tancredo Neves fica no alto de um prédio envidraçado e dá vista para a cidade. Lá o serviço é à la carte. Há filé de peixe ao molho de alcaparras e alecrim (R$ 33,00) e filé-mignon alto grelhado com shiitake, shimeji e cogumelo-de-paris, servido ao lado de batatas sautée e brócolis ao alho e óleo (R$ 31,00). De sobremesa, há musse de tapioca com chocolate (R$ 5,00)." {Pça. José de Alencar, 13/19 - Largo do Pelourinho Tel.: (71) 3224-4550}.
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A segunda, e mais sofisticada, é o Restaurante Maria Mata Mouro.
A fachada {abaixo} esconde uma das pérolas culinárias do Pelourinho, reconhecido até pelo New York Times. Tudo ali é de primeira: a comida, o serviço, o ambiente, a decoração. Prepare-se que você terá uma agradável surpresa. Este é um mimo que faço a mim mesma quando vou a Salvador.
Posso sugerir o bobó de camarão, se você quiser uma comida regional, ou o camarões ao creole {Refogados na própria manteiga, condimentado c/ cardamomo e acompanhado por arroz selvagem }
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Para a sobremesa, a clássica sorveteria Cubana resolve. O tamanho da bola é beeem servido! Experimente o sabor ameixa que é divino.
No quesito sobremesas, devo dizer que fui e voltei com vontade de comer uma bela cocada, daquelas molinhas, sabe? Não encontrei nenhuma :-((
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Espero que tenham gostado.
Mais posts sobre a Bahia virão!
Lu Espejo